Os preços mundiais de alimentos vêm subindo pelo quinto mês consecutivo, a principal razão para isso é o aumento dos preços do queijo e do milho devido ao mau tempo.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) relata que o índice de preços de alimentos, que acompanha mensalmente as alterações globais de preços dos produtos alimentícios comummente comercializados, atingiu maio de 172,4 pontos, um aumento de 1,2% em relação ao mês passado e ainda 1 , 9% a menos que seu nível em maio do ano passado.
O índice de produtos lácteos cresceu 5,2% desde abril, atingindo uma alta de cinco anos. O aumento dos preços, principalmente do queijo, refletiu a alta demanda por importações em meio a exportações limitadas da árida Oceania.
O índice de preços dos cereais subiu 1,4%, devido inteiramente a um aumento repentino nos preços do milho, em resposta à redução das perspectivas de cultivo nos Estados Unidos, onde a semeadura é a mais lenta devido a inundações e chuvas. Os preços do trigo geralmente caíram, enquanto os preços do arroz permaneceram inalterados.
O índice de açúcar no mês caiu 3,2%, porque as perspectivas de aumento da produção na Índia, o maior produtor mundial, superavam o declínio anual de 17% da produção no Brasil. Os baixos preços globais da energia, que reduzem a demanda por cana-de-açúcar para biocombustíveis, também afetaram negativamente o preço de um produto doce.
O índice de preços de óleo vegetal caiu 1,1%, o motivo é que, devido ao grande nível de estoques nos principais países exportadores, houve uma queda no custo do óleo de palma. Os preços de soja, girassol e óleo de colza subiram pouco.
O índice de carne em maio subiu um pouco, devido ao fato de os preços da carne suína continuarem a subir em meio à alta demanda por importações do leste da Ásia, onde a peste suína africana reduziu a produção. Os preços da carne bovina caíram em relação às máximas de abril, o que se reflete em um aumento nas exportações mundiais.