No Brasil, os preços mínimos de frete introduzidos pelo governo como parte do acordo do ano passado para encerrar a greve dos trabalhadores de transporte criam custos adicionais para o grupo da indústria de processamento de carne no valor de 500 milhões de reais por ano (126 milhões de dólares).
"Os preços mínimos do frete comprometem a capacidade das empresas de entregar mercadorias com eficiência", disse Jose Perboir, coordenador do grupo de logística da ABPA Meat Industry Association, em audiência pública para discutir a nova metodologia de preços de frete do governo.
“Uma proposta governamental publicada pune a eficiência. Estamos enfrentando um custo adicional de meio bilhão de reais ”, disse Perboyr em audiência na agência nacional de transportes da ANTT.Um decreto do governo de meados de 2018 que estabeleceu preços mínimos de frete foi uma das várias medidas propostas pelo governo para encerrar um protesto de 11 dias por caminhoneiros. Caminhoneiros entraram em greve em protesto contra o aumento dos preços do diesel.
Em seguida, os protestos bloquearam as principais rodovias do Brasil e atrasaram o envio de mercadorias para mercados e portos locais. Na indústria de carne, milhões de aves não conseguiram obter alimento, porque caminhões carregados com alimento não tiveram a oportunidade de chegar aos locais de alimentação a tempo.Daniel Amaral, economista da associação brasileira de processamento de oleaginosas, Abiove, durante audiência pública, também expressou preocupação com os preços mínimos do frete: "Entendemos que os preços mínimos do frete são inconstitucionais e ilegais".