O mau tempo e as doenças das culturas (o vírus inchado do broto de cacau) impedem o crescimento do cacau em Gana, o segundo maior produtor do mundo, forçando os processadores a importar grãos a taxas mais altas do que o habitual, disseram fontes familiarizadas com esta questão à Reuters.
O surto que destrói a doença e a seca do cacau, que reduziu o tamanho do feijão, levou as casas comerciais a reduzir suas estimativas de produção em Gana para 800.000-850.000 toneladas, em comparação com as previsões anteriores de 900.000 toneladas.
"É difícil prever, mas não é segredo que as colheitas no meio do ano serão ruins", disse uma fonte da Cocobod, reguladora de cacau do Gana, à Reuters. Devido à redução de suprimentos, os processadores procuraram fornecedores de feijão do maior e vizinho produtor, Costa do Marfim.
Dada a escassez relativa, o feijão ganês se tornou mais caro no mercado internacional.
O vírus do edema do cacau é um vírus patogênico da planta da família Caulimoviridae que ataca principalmente os cacaueiros, o que reduz a produção de cacau durante o primeiro ano da lesão e geralmente mata a árvore dentro de alguns anos.
Embora os agricultores possam arrancar árvores infectadas e substituí-las por mudas resistentes a vírus, o transplante pode ser caro e os agricultores não ganharão dinheiro esperando que as mudas se transformem em árvores frutíferas.